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PRIMO CASTRILLO

( Bolívia – La Paz )

 

( La Paz 1806 – 1985 Nova Iorque )

Arquiteto. Viveu permanentemente em Nova Iorque (USA). Lá publicou prolificamente seus livros de versos, com temas patrióticos. O folclore e uma constante ânsia de mar dão colorido às suas imagens. Sua linguagem é espontânea sem muita preocupação estética. Expressa ideias e sentimentos.
Em sua visita à Bolívia em 1969, os intelectuais do grupo "Prisma" de La Paz o brindaram grande homenagem.
Obras: "Valle y Mundo", 1947; "Hombre y Tierra"; "Raíz y Tiempo ", 1960; "Ciudad y Selva"; "Kantutas", 1963; El Mar canta mi sueño", 1968.
Todas publicadas no Estados Unidos. 

 

TEXTO EN ESPAÑOL — TEXTO EM PORTUGUÊS

 

BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.  13,5x19 cm                                  Ex. bibl. Antonio Miranda


MI PUERTO

Antofagasta es mi puerto y mi amor.
Allí anclaré mi barco
para tomar provisiones
antes de zarpar
hacia tierras lejanas
en busca de mis viejas amistades.

Mi barco no estará construido
en papel de plata
ni el viento coagulado
armado con resina de bosque tropical.
Mi barco será una fuerte estructura
del acero más duro
de mis altos hornos
y de la madera más noble y profunda
cortada en las selvas de mi heredad.

En Antofagasta
donde tengo plantado mi hogar
dejaré a mi dulce esposa
gozando de la inmensa soledad del mar.
En el balcón voladizo
que no se cansa de mirarse en las olas
dejaré un farol encendido
un tiesto de geranios
una talla de nuestro Redentor
con los ojos llenos de amargura
y la diestra perforada
sangrándole sobre la llaga del corazón.

Desecho el pelo, libre y cantando
volveré a mi querencia de Cobija
o tal vez a Tocopilla y Mejillones
para cargar las bodegas de mi barco
con millones de lingotes de cobre
… dote, pan, leche vital…
de este fabuloso y llorado Litoral.

Libre me sentaré en la orilla del mar
y libre lanzaré
el anzuelo de mis ensueños
en las aguas salobres de mi realidad
y tal vez mientras pique la corbina
en el mar picado de ansiedad
afine la guitarra
y cante desde la raíz de mis huesos
una canción de amor y plenitud
como en aquellos días de mi infancia
en que el mar no estaba lejos de mí.

Honda la emoción
que me otorga el mar
cuando la luna remonta la cordillera
y desparrama estaño cernido
sobre la cubierta de los barcos
y acuesta arcángeles desnudos
sobre mis párpados cargados de sueño.

Mi barco… el del acero fuerte
el de la espira volante
de mis fábricas de siderurgía
y el de la madera jaspeada y olorosa
de mis bosques vírgenes
el que en sus fibras se estremece
al roce sensual de las olas
tal vez… mientras duerma
se cubra el casco de bocas y ojos
y penetre en la profunda oscuridad
como un relámpago verde
hasta la recóndita realidad del mar.
 

 

OLVIDAR

El cielo canta…
sobre el oro de la mañana
el cielo no lleva
ni una sola gota de nube
en su canto,
ni una pena,
ni una lágrima.
El cielo es un mar inmenso
con una voz
de ángel dormido en su seno
y ávido busca tus ojos
para purificarse y vivir.
El cielo canta…
canta lo que tú no quieres oír.
El cielo es un olvido
grana, azul y verde.
El blancor de espectro
en la neblina de la alborada.
El cielo a veces no me dice nada
y sin decirte nada, callado…
te penetra por las venas,
te calla como la lluvia
hasta los huesos,
te conmueve hasta lo infinito
como un beso profundo de amor.

El cielo es una inmensa campana
con una voz
de ángel dormido en su seno.
Ni elegías ni recuerdos,
ni voces ni llantos,
ni gritos ni alaridos.
El cielo es la voz omnipotente
sin boca ni oído
que nos dice al través
del inmenso hueco de su mano:
— Pobrecillo…  canta… olvida…
olvida siempre…
La vida es un molino de viento,
moliendo siglo tras siglo
trigos de pequeños olvidos.
¡Vamos, canta y olvida, olvida!...

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: Antonio Miranda

 

MEU PORTO

Antofagasta é meu porto e meu amor.
Ali vou ancorar meu barco
para tomar provisões
antes de zarpar
para terras distantes
em busca de minhas antigas amizades.

Meu barco não estará construído
em papel de prata
nem o vento coagulado
armado com resina de bosque tropical.
Meu barco será uma forte estrutura
do aço mais duro
de meus altos fornos
e da madeira mais nobre e profunda
cortada nas selvas de minha herdade.

Em Antofagasta
onde tenho plantado meu lar
deixarei a minha doce esposa
gozando da imensa soledade do mar.
No balcão voadiço
que não se cansa de mirar-se nas ondas
deixarei um farol aceso
um vaso de gerânios
uma talha de nosso Redentor
com os olhos plenos de amargura
e a destra perfurada
sangrando sobre a chaga do coração.

Descarto o pelo, livre e cantando
voltarei à minha querência de Cobija
ou talvez a Tocopilla e Mejillones
para carregar as bodegas de meu barco
com milhões de lingotes de cobre
… dote, pão, leite vital…
deste fabuloso e chorado Litoral.

Livre me sentarei na margem do mar
e livre lançarei
o  anzol de meus devaneios
nas águas salobras de minha realidade
e talvez enquanto pique a corvina
no mar picado de ansiedade
afine a guitarra
e cante desde a raiz de meus ossos
uma canção de amor e plenitude
como naqueles dias de minha infância
em que o mar não estava longe de mim.

Profunda a emoção
que me outorga o mar
quando a lua remonta a cordilheira
e espalha estanho peneirado
sobre a coberta dos barcos
e deita arcanjos desnudos
sobre minhas pálpebras carregadas de sono.

Meu barco… o de aço forte
o da espira volante
de minhas fábricas de siderurgia
e o de madeira marmoreada e cheirosa
de meus bosques virgens
que em suas fibras estremece
no roce sensual das ondas
talvez… enquanto durma
se cubra o casco de bocas e olhos
e penetre na profunda escuridão
como um relâmpago verde
até a recôndita realidade do mar.
 

 

OLVIDAR

O céu canta…
sobre o ouro da manhã
o céu não leva
nem uma única gota de nuvem
em seu canto,
nenhuma pena,
nenhuma lágrima.
O céu é um mar imenso
com uma voz
de anjo dormido em seu seio
e ávido busca teus olhos
para purificar-se e viver.
O céu canta…
canta o que tu não queres ouvir.


O céu é um  olvido
massa, azul e verde.
A brancura de espectro
na neblina da alvorada.
O céu às vezes não me diz nada
e sem dizer-te nada, calado…
entra pelas veias,
te cala como a chuva
até os ossos,
te comove até o infinito
como um beijo profundo de amor.

O céu é um imenso sino
com uma voz
de anjo dormido em seu seio.
Ne elegias nem recordações,
nem vozes nem prantos,
nem gritos nem alaridos.
O céu é a voz onipotente
sem boca nem ouvido
que nos diz através
do imenso oco de sua mão:
— Pobrezinho…  canta… esqueça…
esqueça sempre…
A vida é um moinho de vento,
moendo século após século
trigos de pequenos esquecimentos.
Vamos, canta e esqueça, esqueça!...

 

 

*

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Página publicada em setembro de 2022


 

 

 
 
 
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